O Manuscrito

notebook opened on desk near books

Finalmente, não?

Após anos e anos a brincar com contos e histórias mais rápidas, lá comecei a trabalhar para o que realmente queria: um livro. O livro?
Vamos a ver.

Para isso é preciso ter uma ideia, escrever a ideia, odiar a ideia, editar a ideia, guardar a ideia, editar mais um bocadinho a ideia e enviá-la por aí.
Ou irmos a uma casa de cópias e vender a ideia numa banca, numa feira e com pessoal com as mesmas ideias do que nós.

O manuscrito está pronto. E está pronto desde o Writober de 2018.
Ao ler o livro de escrita do Stephen King, aprendi duas coisas: escrever de porta fechada e editar de porta aberta. E já cometi um erro: escrevi tudo de porta aberta.
Escrevi de pora aberta porque tinha de ser; uma entrada por dia e publiquei-a online porque era esse o objectivo; uma história mensal, com uma parte diária e improvisada. Uma história sem rumo que ia crescendo sem dar por isso.
Tinha tudo para dar errado, mas deu tão certo. Adorei o que escrevi e senti orgulho na história – coisa rara nestes últimos tempos.
Os comentários que recebi também foram animadores, com algumas correcções por parte de profissionais da área mencionada no enredo.

O saldo final deste manuscrito improvisado, e curto para não cansar ninguém, foi de 26 mil palavras; 149 mil caracteres batidos. Muito pouco, pouquíssimo para ser um manuscrito, até!
Mas é o que é: é uma história com princípio, meio e fim. O objectivo desta edição é expandir, desenvolver, juntar todas as peças e cortar, se for necessário, para tornar esta ideia em algo palpável.
Já estou a trabalhar há duas semanas enquanto treino corpo para estar sentado, antes de voltar ao trabalho, e estou a gostar de o ver a crescer para além destas folhas rabiscadas, fichas de personagens e notas em txt.
Neste momento, tenho 8 mil palavras; 43 mil caracteres batidos e ainda só vou no terceiro capítulo! Se continuar neste ritmo, atingo a minha meta imposta de 60 mil palavras à vontade, o que equivale a umas 300 páginas.
O normal para um romance.

Estou a editar de portas escancaradas, a trocar notas e comentários com outra colega de armas, também a editar o seu manuscrito.
Estou a escrever mais sem me preocupar com a qualidade, gralhas e imperfeições porque a terceira volta ao manuscrito será para lixar essas pontas mais bicudas.

Tenho até Dezembro. Outra meta que impus.
Quando voltar à rotina, vai ser mais complicado, mas se roubar pedacitos de tempo aqui e ali, a coisa vai sendo feita.
Portanto, obrigado a todos os que espreitaram pela porta aberta em 2018, carregaram no coração do Instragram, ou no Like no Facebook, ou que abriram janelas de chat comigo ou que estão a responder às minhas perguntas sobre vários tópicos.
Se um tradutor tem de ter amigos em várias áreas para tirar dúvidas deste termo ou daquele, o mesmo se aplica a quem escreve. Afinal, o que raio sei de paragens cardíacas se não sou médico? Sobre tunas se nunca participei numa? Por mais tretas que invente, convém que alguns alicerces sejam bem reais.

E é isso! Até daqui a uns tempos!

P.S.: não tenho ideias para títulos!

Pequena amostra nada final